dia cinco.







desalinho pensamentos, emoções, temperamentos e ausências. mas, revi equilíbrio.
ainda, intensidade é meu sobrenome, no entanto, hoje... hoje eu daria a ele o meu abraço mais aconchegante, um beijo no rosto e um "eu-espero-que-você-fique-bem-para-sempre", sem fardos.

repito, em mim as coisas são assim, expressividade é minha maior benção e também maldição. esse bem-querer demais, que é uma fístula, e que dói no peito, e que dói nos ossos... esse amor descomedido que não aprende das perdas, das doses, dos olhares enganosos... esse amor demais, emocional, errou acertando e,

e, saiu simplesmente da minha vida, nem vi o momento exato que apontou-apertou-o-gatilho e estraçalhou meu tórax, quando percebi eu já sofria da terrível hemorragia de desesperanças. e eu continuei tentando... premendo a água contra as mãos, refreando entre os dedos mas, esvaiu-se com a mesma intensidade com que impedi, no fim, apenas quis garantir que ficaríamos juntos para sempre... estáticos... seu barco ancorado nas águas mornas da minha enseada, navegando sequencialmente nas ondas de horas em que me abraçavas na cama e repousava com o rosto acostado em meus braços.

eu entrei com Cronos e perdi para Zeus, predestinada a perca, e eu sabia que olvidarias, mas, contrapus ao tempo...  foi uma batalha solitária... sabes o que eu digo...

transcorridos, continuo aqui, almejando haver felicidade para a vida, e - como no primeiro texto que te escrevi há três anos - que o teu sorriso, em mil encarnações, soe o mais alto, verdeiro e mais bonito.

a nossa música não para de tocar na maldita rádio do brasil, eu escrevo como clarice: para salvar minha própria vida dos dias silenciosos que passam, dias esses em que eu esqueço-do-lembrar de desses olhos de ressaca, olhos de cigano, oblíquo e dissimulado... me impedi de sentir saudades dele...







... pois eu não sinto saudade, eu sinto ânsia...







"Eu to com uma vontade danada

De te entregar todos beijos que eu não te dei

E eu to com uma saudade apertada

De ir dormir bem cansado

E de acordar do teu lado pra te dizer


Que eu te amo



Que eu te amo demais..."



Rubel





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