Moça branca-marabá

Essa branca ao dançar

Faz a mulata se afastar

No terraço o rasta pé

Não para de tocar

E essa branca ao bailar

Faz seu sorriso inundar

A cor dos olhos seus

É um marrom castanho-âmbar

Inspira os versos do poeta

Faz o moço delirar

Ô branca, te chamo de morena

Pois teus cabelos são negros como os de Iracema

Que quebrou o segredo da Jurema

E por Martín se apaixonou

Branca, que meche a cintura como uma barca

Roubas meu coração com a pureza do teu canto

Agora dance só pra mim que te enrosco em meu manto

És uma bonita marabá

Que já d’antes Gonçalves Dias cantou

És a branca marabá com teus olhos garços

Com teus cabelos negros da índia

Com tua pele alva de luar

Ouça Branca, já nem sei o que falar

Tu já não cabes em meus versos

E ainda em ti estou a pensar

Teu rosto imita as nuvens de um céu anil

Fala “morena”, o que queres

Um verso, um anel ou um cocá?

Me encontro distante de ti, me sinto febril.

Apenas saia dessa roda

D’onde os homens estão a te chamar

E prometo todas as noites

Que no paraíso as de sonhar

Aceite Branca!

Aceite moça-branca-marabá

Comigo se casar?

E com teu corpo delicado feito os lírios

E tuas pálidas mãos feito conchas do mar

Venha comigo deitar,

Morar

Amar...

Baseado em um bilhete que recebi.

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''Alguém diz: Essa música representa muito de você pequena Evy...''
Então aqui esta o poema e a canção.