Cartas de Eliza, que Bernard não conhecerá.

È fim de tarde, tudo é uma despedida. Mais ainda é primavera. O horizonte pleno de saudade, esvai raios de sol, em tons dourados que cegam meus olhos, cegam os olhos e o coração da menina que um dia amou, e então neste instante olhando para o infinito do céu, apenas recorda por um instante, alguns momentos de alegria.
Alegria suave, pois felicidade é peso.
Sorrio e choro, é sempre assim, e ainda existe a armadura que uso para mistificar as formas leves que a solidão deixa pairando no rosto, como orvalho pairando nas palmas silvestres.
O sol morre, esperando somente o outro momentos de ressurgir. Assim espero também por Bernard, com os olhos fitos no infinito, até que meus olhos doam no reparar esperançoso do horizonte, até que se finde o pulsar ligeiro do peito, até que minha voz se cale, e minha memória enfraqueça, carregando consigo os porquês da espera incerta que não soube cessar.
Até que a luz não seja mais luz, até que os montes se tranformem em pó, até que então meu eu sejas o teu, e não mais exista duas almas, mais dois corpos apenas, amando-se. E ao mesmo tempo morrendo, minha morte por tua ausência insólita, que percorre os espaços vazios em minha casa, porque morro a cada instante sem ti, como a despedida de um fim de tarde, que acontece familiarmente.
Então assim essas palavras morrem, vão para o dentro do baú esquecido onde guardo vestigios e cartas para Bernard, que nunca lhe serão conhecidos. Pois permanecem guardados insolutos, como o saber que este amor ainda existe.

"de repente, lá bem longe, aparece outro lugar, novos campos e horizontes..."



Comentários

  1. Oi, Evelyn.

    Que texto maravilhoso, minha querida!
    Adorei! Parabéns!

    Beijos

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  2. Lindo post Evelyn.

    Estou do lado esquerdo da sua página, não nos perderemos nessa imensa blogsfera.

    Obrigada pela sua companhia.

    beijooo.

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  3. "Até que a luz não seja mais luz, até que os montes se tranformem em pó, até que então meu eu sejas o teu, e não mais exista duas almas, mais dois corpos apenas, amando-se. E ao mesmo tempo morrendo, minha morte por tua ausência insólita, que percorre os espaços vazios em minha casa, porque morro a cada instante sem ti, como a despedida de um fim de tarde, que acontece familiarmente."


    ahhh, essa saudade malvada, que nos aflige e desespera, que faz os dias virarem séculos, que faz o cor-de-rosa do amor virar um roxo pegajoso e frio de saudade. mas que, no seu caso, rende lindas palavras *-----* ah evelyn, eu sempre pulo de felicidade quando vejo que você posta alguma coisa nova, e, é claro, não me arrependo nunca de ter o lido. absolutamente maravilhoso, como todos os outros.
    xoxo :*

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  4. Olá que lindo, e que amor, por Bernard, rs abraços

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  5. esse amor é real ? sera que depois da primavera o amor ainda resitira ?
    nossa que amor lindo, e o texto fez eu me imaginar !
    querida vs sumiiu, mas agora reapareceu isso que importa, e sempre irei te visitar e espero sua visitinha tbm
    beijos

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  6. que lindo, tanats vezes escrevi, em tantos lugares deixei marcado o que sentia, todos estão guardados.
    beijos linda!

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  7. Creio que nossas palavras traduzem não só o que sentimos, mas o que somos. E suas palavras são maravilhosas.

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  8. Ao ler seus texto me pergunto se amores infiitos assim podem ser reais. E dói-me saber que Bernard nunca lerá as cartas apaixonadas da apaixonada Eliza. Triste, realista, enfim, nosso mal. Coisas que nunca serão lidas, mas mereciam. Espero que um dia se acostume com meu jeito extenso e estranho de comentar (agora que sou sua leitora).

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  9. OLA
    ADOREI SEU BLOG E ESTOU TE SEGUINDO
    ME FAÇA UMA VISITA:
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    ME SIGA. VOU ADORAR QUE SEJAMOS AMIGAS
    BEIJOS

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  10. Olá Evelyn, adorei sua visita em meu blog, e tb. quero que saiba que adoro os seus textos, vc. esvreve muito bem, parabéns!

    Gosto muito de um texto seu por nome de perdição,vou até postar ele no meu blog. tb., com sua permissão é claro..


    Beijosss!

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  11. Adorei o texto!!
    E pra responder o teu comentário em meu blog... Eu não sei bem qual é a tua situação, mas acho que sei bem como é esperar tanto tempo. Meu namorado mora no RJ e eu em SP. Namoramos desde 2008, o vi uma vez em janeiro de 2009 e depois só no inicio de 2010. Acho que foi o pior ano da minha vida. Eu chorava o tempo todo, e sofria muito. Agora nos vemos de dois em dois meses, ou três, depende... e ainda assim é ruim. :(
    Mas olhe.. segure firme aí, apesar de ser difícil sei que tu vai conseguir, como eu consegui.
    Bjs

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  12. Que lindo, lindo Evelyn :) Realmente, uma cena que eu me impus a imaginar várias vezes.

    Belo blog, adorei. Já seguindo.

    Beijos e boa semana :)

    www.luriacorreamartins.blogspot.com

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  13. Sempre intensa e doce. Adoro!

    Um beijo querida,

    Mih

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  14. oi
    obrigado por aceitar meu convite de amizade
    que bom que gostou do meu blog
    eu sou fã n. 1 de senhor de anèis, e tambèm adoro coisas coisas medievais.
    e sim o ian daria um bom cavaleiro medieval. ele està no momento fazendo um vampiro cafajeste em the vampire diaries...kkkk
    nosssa ele arrebenta no papel, e desbancou o robert em muitas coisas, inclusive com vampiro mais sexy.
    volte sempre que quiser
    beijos

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  15. Em busca de novos horizontes, temos que sempre estar dispostas a isso. Nos faz pessoas melhores!
    Queria poder conversar com você toda hora de boa, amo falar contigo.

    Sinto tanto a sua falta! bjs minha flor.

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  16. Sinto pena do Bernard por não saber da existência de um amor!

    Tb estive ausentes esses dias. Mas lentamente estou voltando!

    Beijos e otima semana

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  17. Adorei o modo como você escreve, muito profundo, muito intenso. Estou seguindo aqui pra acompanhar os novos posts!
    Beijos.

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