In the coldest time of year..
Tenho medo do escuro do meu apartamento. E eu sequer falei pra alguém. Mas dói. Eu tenho muito medo.
Dói e dói uma dor doída, aguda, fina, tão triste... mas, ninguém me escuta chorar dias após dia trancada no meu quarto.
Choro magro, escuro, vazio, sem forma, e sem conquistas. Um cativeiro pequeno com uma pequena janela. Ali surge toda luz.
E essa luz que não queima, que não arde em minhas costas a solar emoção de sentir esperança? Essa luz que não chega até meus olhos, que não produzem em mim a transcendência de me sentir livre.
Sentada, corroída. Cadê? cadê? cadê você que está do meu lado e eu nem te conheço mais, aliás tudo que conheço é o caminho das marcas que você deixou na minha pele. Tento não acreditar no monstro que você se tornou, mas, não tenho outro adjetivo que soasse mais cabível e não tanto grotesco.
A minha esperança, hoje, é parecida com aquele bumerangue de papel que na infância eu tentava fazer voltar, e não voltava. Ia com perguntas e sequer respostas trazia. É assim a sensação que eu tenho ao indagar as coisas, o mundo, as pessoas. Por quê você faz isso comigo? Que motivos te dei para tanto desamor? Se eu soubesse apenas um motivo para qual embasa os teus feitos, talvez eu pudesse fazer alguma coisa... mas, eu não sei... eu só não sei o motivo pelo qual você me amordaça, me rouba o brilho dos olhos, e me mata todos os dias...
Quem sabe, nem nexo tenha tudo que vos escrevo, mas para mim são todas as palavras do mundo inteiro - escuro, dentro de mim.
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tendo as tuas palavras por perto desconfio que o inverno partirá mais cedo...
ResponderExcluirbeijo carinhoso !
Evelyn Colaço,
ResponderExcluirgostei do que lí por aqui.
Simples assim!
Um abração carioca do seu mais novo seguidor.
A época mais fria e longa do ano é um túnel. E quando a gente vence essa etapa, volta a brilhar o sol da Primavera, outra vez.
ResponderExcluirBem-vindos sejam! dizem os pássaros coloridos e as flores, sob o céu alegre e azul. Não há motivo para medo, frio, ou mágoas.
Vai por mim, amiga, tristeza também passa. E isso é muito bom...
Pra variar, há um tempo não passo aqui. Mas quando volto, continua encantador!
ResponderExcluirLindo mesmo. De um lirismo simples, mas encantador. Transborda um sentimento que é universal. E o que é universal todo mundo entende, todo mundo sente. Que bom você conseguir expressar o seu de forma tão encantadora.
ResponderExcluirObrigada pela visita no meu blog, seus texto aqui são encantadoras e falam de umas verdades nossas tão profundas.
ResponderExcluirBeijos..
lindo o texto flor, logo volta o calor e seu coração se aquece novamente.
ResponderExcluirMenina. Que saudade de você, xará! Lembra-se de mim?
ResponderExcluirEstava relendo meu blog e vi você nos meus comentários. Muita, muita saudade de quando o que eu escrevia era leve. Agora é tudo pesado e esporádico. Mas melhorarei.
Como você anda?
Beijinhos,
Evelyn.